Onde estará meu prazer?

fotografia por George Doyle Onde é que estou se não reconheço meus traços? Onde estará meu prazer? Perdido. Um buraco negro no espaço. Um segundo entre dois passos. Um destino destraçado. Onde estará meu prazer? Eu o perdi num dia de chuva, numa tarde de sol, no brilho de um farol. O perdi numa tarde ventania em que o vento soprava enroscava, batia. Os corpos iam ao chão e o prazer se perdeu embrenhou-se num vão. O vão dos perdidos corpos vadios ventania vazia virada em brisa. Emoção que ficou numa noite esquecida.