Imagem: Tender Touch Na colina ao longe quase posso alcançar... No alto, ao levante, o amor tão distante. Um sonho à antiga entoado em poesia numa cantiga lunar. E sendo este amor, sem futuro ou louvor, só presente. Que pressente... que o tempo passa e a tarde é escassa em horas de nós dois. Ultrapassarias tua vilania? E a minha? Aceitarias nossa incoerência? Penetrando minhas barreiras erguidas, rendidas aos teus olhos de ar? Imaginar-te vindo em minha direção. Olhos nos olhos. Concentração. Boca na boca. Que o tempo não pare. (mesmo que parado) Enquanto sinto-me difusa (e confusa) dissolvida nos teus braços de mar. Não, não tenho sonhos de amor contigo. Não tenho sequer como encontrar a tua face perdida entre minhas cicatrizes esquecidas de reviver no interior desta mulher. Sonhos são sonhos. Morrerão ao nascer do dia. Incautos, pobres, coitados... Eternamente ...