Duelo

A verdade me olhou nos olhos
e respondeu:
É mentira!
Não fui eu
que desfiz sua vida.

A mentira ria
e respondia:
É verdade!
Ela engana
que não estraga,
mas suas entranhas
são amargas.

Exasperada,
a verdade argumentava:
Ela mente!
Perceba só
que amor que é pó
Não tem nó
que o segure.

Divertindo-se muito,
a mentira finalizou:
É verdade, de ignorância vive o amor.
Acenda a luz, o amor fugirá.
Implore, mas não voltará.
Cegue-se e nunca faltará.

Duelaram...
e desistiram.
A verdade mentia para se safar,
a mentira era sincera para atacar.
Na minha cegueira
intensa clareza
e uma certeza:
ambas se consumiam.

Comentários

Toninho Moura disse…
A verdade e a mentira são gêmeas siamesas.
Às vêzes preferimos uma pequena verdade!
Às vêzes suportamos uma grande mentirar!
Às vêzes, uma pequena mentira é melhor que uma grande verdade!

Lindo teu trabalho! Venha nos visitar!

Braços!
Anônimo disse…
Gostei bastante daqui; textos com sentimento.
Euzer Lopes disse…
Eita, como eu gosto de visitar este blog...
Verdades, mentiras... no duelo das duas, quando é comigo, quem apanha sou sempre eu!

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