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Mostrando postagens de setembro, 2008

Sem limites

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fotografia por George Doyle Quero ser tua todos os dias nua e crua sangrenta e fresca sem cozinhar. Quero ser toda o tempo todo sem medo nem sonhos para acalentar. Quero ser inteira repleta, plena de desejos, carinhos virtudes e vícios e te viciar. Um corpo macio dormente, esguio pronto esperando num doce abandono para te encontrar. Limites vazios de linhas e esferas segura essa fera arrematada no cio pronta para atacar. E se eu te quero, um querer sem medida, aquece, acaricia. Liberta esse cio para te dilacerar.

Hora do Almoço

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Se me descrevo, não me revelo. Eu me escondo: palavras vãs. Saio da toca, volto depois. Placa na porta: vou almoçar. Se todos cantam, eu me encanto e sigo, insana: vou dançar. O cheiro cheio do meu perfume é feito lume: para te perder. Teço sonhos, velados contos e te atraio: vou te morder. Teço a teia, aranha esfinge. Resposta imberbe? Vou te comer.

Corpo

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um corpo um poço me afundo te inundo e ao fundo toca... música ou tuas mãos? tumulto insulto instinto faminto libido segura... meu corpo ou o lençol? momento movimento suspeito rolando abraçando gritar! prazer ou esquecer? e recomeçar...

Adeus

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fotografia por Jamey Stillings Eu me despedi dessa vida tão antiga acenando nosso adeus. Eu me reconheci num novo espelho o novo cabelo e as unhas vermelhas. Meu rosto não espera mais e o sorriso agora é só meu. Vai. Esse adeus é a última palavra entre nós. Te despedi me despedindo de ti. Sem olhos nos olhos. Sem estrelas na estrada. Me despedi te despedindo de mim. Caminhando e dizendo adeus... Vai, que eu fui.