Postagens

Mostrando postagens de maio, 2009

Da insistência do não.

Imagem
fotografia por Matthew Antrobus Por Persephone Não digo. Calo o sentimento, o pressentimento e o vento. Não olho. Fecho tardes vazias, noites macias e a vida. Não ouço. Silencio cordas do piano, o riso deste canto e o instrumento. Não emociono. Distancio Versos teus não atingem o âmago que em mim vive. Isolo de ti. Não te permito. Recuso Tua música eu não escutaria Teu encanto me distancia Te repreendo de mim. Não te divido. Minha é a tristeza da tua partida Minha é a dor da tua agonia Minha é a decisão de te dizer não. Não.

Prisão

Imagem
Por Persephone fotografia por Stanley Martucci Qual é a dor aprisionada neste corpo? Solene sorriso se reflete em refrões... Em tríplices imagens contidas luas que se esgueiram cativas. Qual é a verdade aprisionada neste laço? Que não se desfaz, que não se desintegra? Que a areia não cobre, que a onda não leva? Vermes recusam a digestão. Qual é o presente preso neste passado? Que se faz de inocente, quase sem pecado. Que se pronuncia veemente, inerte, macabro. Vampiro diurno de sangue manchado. Qual é a vantagem presa nesta opressão? Opressivo momento que não vai embora Lascivo, descrente, preciso, escória permanente, resoluto na mesma história. Sacode este tempo, desfaz este chão. Liberta este vento, depreda o grilhão. Não existe caminho que una o separado. Colore a retina. Destrava teus passos. E vai...

Eu vi o tempo

Imagem
Por Persephone / Ana Marques fotografia por Trinette Reed Eu vi o tempo e seus pedaços. Horas partidas, dissolvidas estrada granulada. Eu vi o tempo e o meu retrato espalhado no caminho alterado e sombrio. Eu vi o tempo e os percalços as erosões de suas beiradas ilusões delimitadas. Eu vi o tempo e os descasos o que ficou perdido e destronado compreendi o fim dos reinos. Eu vi o tempo mas eu não via nada.