Não há nada

Por Ana Marques Não há nada para enxergar através da fantasia de ser quem sou. Nega? Nega buscar o que não existe pelo prazer de se decepcionar? Negue... O vejo tentando encontrar o disparate que espanquei, que morreu e me restringia. Não. Não vá. Não há nada lá. Tudo pertence a mim. E lá somente resquícios que nada podem dizer sobre o que me construiu. Também não. Não há nada aqui. A não ser subsídios que te permitirão morrer sufocado de ânsia, desespero e... E sozinho. Porque eu, euzinha nunca estive lá nem aqui. Não me procure. Não poderá me encontrar nem eu sei onde fui me esconder... sozinha! Volte. Não há nada. Somente as marcas de quem foi, e nunca voltou.