Sonhei, como só deviam sonhar os poetas. E amei você em todos os sonhos, como somente os sem esperança podem amar. De amor e de sonhos alimentei o meu abandono, o raiar dos dias sem luz, o anoitecer, já tão escuro, da minha existência. Sonhei, sim. Poder mover a mão, que não te alcançava tocar a pele que brilhava e quase dizia-me "sim". Mas entre sonos e dores tão vívidos, lembrar tua face era meu remédio. [quase um vício!] Mantinha-me presa a essa vida. [que vida?] Aceitava a sopa, às colheradas. Amava o banho, o sol, a vida regrada. Amava até mesmo um exame qualquer que o trazia para mim. Sonhei, sim. lá fora, no corredor, em voz baixa ele fala de mim. da moça inválida, quase sem vida, que não reage a nada. e fala do encontro, seu novo alvoroço, a nova paixão. volta sorridente para mim, a moça senil, sem sentimentos, sem vontade aparente. Sonhei, como só deviam sonhar os poetas. E amei você nesses sonhos, como somente os que nada tem a perder podem amar. imagem: Prabuddha ...
Comentários
Agora, por que "diabética''? Rs!
Obrigada pelas palavras, sempre doces.
:-)
Carriço (nãomefazpensar)
Diabética, é poesia sem açúcar! ;)
hehehe
E sim, existe um desejo de vida, da caça que quer escapar, e o desejo de morte, de quem persegue o alvo. Uma vez, no entanto, acertado... é o fim.
beijos pros dois.
E se não sabes o que será, é porque, sem dúvida, será o sangue da caça.
meus textos sempre tem um quê de loucura.
:)
Fernando,
Que seja o sangue da caça. Enquanto corrida, ambos não seguem-se em movimentos quase como se fossem um só?
Harrygoaz,
Pra vc também!
Beijos, beijos e beijos.
Legal... o jogo da caça e do caçador... dependendo da situação, tem vantagens dos dois lados. Rssssssssss.
Parabéns!!! Mia um texto muito bom!!!
Boa tarde.
Morpheus