Ciclones



Não venhas
se não desejas.
Mas não inventas
ausências 
para teu decoro.
Se o toque
parece confuso
conserva-te mudo
e eu espero.
Não gasta teu verbo,
teu sangue, teu credo
com o que não queres
desvendar.
Não cria distâncias 
para tuas idas
que já vejo teus olhos
perderem o foco
em ciclones de ar.

Comentários

Joana Masen disse…
"... que já vejo teus olhos
perderem o foco
em ciclones de ar."

Adorei esse trecho, é incrível como os olhos nos rendem belos poemas!

Bjos!
Ana Cláudia disse…
Obrigada, Joana! :)

é verdade, os olhos... acha-se que disseram tudo, mas sempre há algo de forma diferente a se dizer.

beijos!

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