Limbo




Não destoa meu verbo
eu estou o inverso
o medo nos dedos
que acendem o cachimbo

e o limbo
em que eu vivo
não há suspeita
de que a vida é alheia
ao meu peito que dói

(a barriga inchada
de vida irrigada
implora por vida.
que vida?)

Acendo outro pito
retorno ao universo
em que não existo.

E a barriga que mexe
se perde
na fumaça que habito.

imagem: Freepik

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Morte do Amor

Eternidade

Meu amor