Parede de vidro

Não sei dizer
como o vi ali.
Ali estava eu,
ali estava ele
e a parede de vidro

E "oi" que se formou
morreu no barulho
da rua,
dos carros,
freios e gritos

Não importava
saber quem éramos
até ali.
Depois de ali,
veio o que era preciso

A vaga deu coragem
ao "oi" que foi dito.
Dentro da garagem,
abaixamos o vidro
e sem a parede
o "oi" foi ouvido.

Um café, lá fora um cigarro.
Cinzeiro, um cartão
e um sorriso.
Seu rosto já não era tão novo,
o meu nem era tão bonito.
Mas nós, como quis o destino.

Enfim.

Comentários

Anônimo disse…
Adorei a poesia. Também escrevo algumas em meu blog.

Abraços
Nálu Nogueira disse…
Aninha,
Eu queria dizer pessoalmente algumas coisas, a gente rabiscando juntas. Há uma dor que eu conheço tanto exposta nesses versos. Muitos acertos, imagens interessantes, como "depois de ali", perfeito. Eu só tiraria as aspas dos "oi", são desncessárias e, na minha leitura, tiram a fluidez dos versos. Beijo!
Nálu
Anônimo disse…
Não vou corrigir seu rabisco!!
Rs.
Legal seu texto!Continue aperfeiçoaando.
O Consumidor disse…
Vidro é uma metáfora maravilhosa. Vai longe!

SINOPSE INACABADA

IDÉIA NOVA
Pedro Fonseca disse…
Belos versos!
Anônimo disse…
Ana, adorei teu comentário no meu port sobre a Liberdade.

Obrigado!

Um abraço.

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