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Mostrando postagens de abril, 2009

Susan Boyle - emoção e preconceito

Ouvi falar dela, é verdade. Na internet, em conversa de amigos, recomendações, uma chamada no Vídeo Show. Mas nada me preparou para ver o vídeo no Youtube. Susan Boyle é absolutamente fantástica. Extraordinária. Uma cantora que nos emociona com sua interpretação. Alguém com a voz dela, se treinada a vida toda, ainda seria fora do comum. Se avaliarmos que ela não teve um treino para sua maravilhosa voz, que passou a vida cuidando da mãe doente e que hoje vive sozinha com um gato... Se pensarmos que ela chegou ao programa de talentos "Britains Got Talent 2009" e enfrentou o ceticismo e as risadas da platéia. Muitos riramn quando ela disse que desejava ser uma grande cantora e encarar tudo isso, sendo alguém que passou a vida isolada, exige uma grande dose de coragem. Principalmente, se olharmos no vídeo a expressão de escárnio do público e dos jurados... Até que ela abriu a boca e cantou "I Dreamed A Dream" de "Los Miserables". Mais que um fenômeno, Susan Bo...

Sentidos da Cidade

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por Persephone / Ana Marques Olho ruas, calçadas, becos imagens que se diluem na água algum rio passou por aqui vida que se espalha e abraça a cidade. Ouço verdes folhas contra o vento lenços que se perdem das mãos algum adeus esteve aqui ruídos de uma paisagem que envolve a cidade. Sinto mares, maresias, marolas desenhando-se nas ondas alguma areia voou aqui e se misturou à calçada que identifica a cidade. Provo o ar que enche pulmões sinto sabor de sonhos, fracassos algum dissabor temperou aquis e agregou ao gosto que relembra a cidade. Cheiro montanhas salpicadas de luz brilhando em violetas e rosas na terra algum perfume permeou aqui e suavizou toda a dor que encerra e aprisiona a cidade.

Perdão

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fotografia por Betsie Van der Meer Por Persephone / Ana Marques Sou teu sonho esquecido nos idos dos anos que foram fortes que foram jovens que foram. Que eu tenha sido em vão... perdôo. Que eu tenha vivido em estrelas... perdôo. Que tenhas me esculpido em pedra, me pintado na tela e da matéria ter exilado a emoção... perdôo não.

Para Brasília

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Por Persephone / Ana Marques Houve muito adeus esses dias... disse adeus a cada cômodo do meu apartamento disse adeus à cidade que me acolheu e me desafiou disse adeus à cidade que aprendi a amar. Dei adeus à uma segurança, mesmo que fictícia, em andar pelas ruas com bolsas abanando. Dei adeus à paisagem da minha janela, ao sol que descia vermelho no horizonte, ao vento que criava redemoinhos, à lua enorme que apontava no horizonte. Dei adeus à brisa, à seca, à chuva, à terra vermelha. O cerrado assistiu meus adeus, testemunhou minhas lágrimas, presenciou a dor que me acudiu. Deixo Brasília, não sem dor, mas possuidora de mais lembranças do que gosto de admitir.Deixo em Brasília parte de mim, um pedaço fincou raízes e se recusou a partir. Então parto... já partida. Há oito anos, quando deixei Sampa, não tinha consciência da dor que esse tipo de separação poderia causar. Dor? O que era isso mesmo? Aprendi em Brasília a sentir saudade. A me sentir sozinha. A ficar triste e não ter onde c...