Sonhei, como só deviam sonhar os poetas. E amei você em todos os sonhos, como somente os sem esperança podem amar. De amor e de sonhos alimentei o meu abandono, o raiar dos dias sem luz, o anoitecer, já tão escuro, da minha existência. Sonhei, sim. Poder mover a mão, que não te alcançava tocar a pele que brilhava e quase dizia-me "sim". Mas entre sonos e dores tão vívidos, lembrar tua face era meu remédio. [quase um vício!] Mantinha-me presa a essa vida. [que vida?] Aceitava a sopa, às colheradas. Amava o banho, o sol, a vida regrada. Amava até mesmo um exame qualquer que o trazia para mim. Sonhei, sim. lá fora, no corredor, em voz baixa ele fala de mim. da moça inválida, quase sem vida, que não reage a nada. e fala do encontro, seu novo alvoroço, a nova paixão. volta sorridente para mim, a moça senil, sem sentimentos, sem vontade aparente. Sonhei, como só deviam sonhar os poetas. E amei você nesses sonhos, como somente os que nada tem a perder podem amar. imagem: Prabuddha ...
Comentários
Beijocas, linda!
Perdoe-me a invasão. Achei o seu blog num amigo em comum. Gostei muito.Tem belos textos poéticos. Meus parabéns!
Beijos de luz!!!!!!!
POETA CIGANO - 31/01/2011
www.carlosrimolo.blogspot.com
Acho que o ritmo é de tango! :)
Beijooo!
Carlos,
Seja sempre bem vindo, pra ler e comentar o que quiser.
Beijos.
Losing my mind,
Sinto-me honrada! Como funciona?
Enfim, obrigada pela visita!
Beijos!
Long Haired Lady,
E como saber, se o verso não é mais nosso quando o fazemos na inspiração de alguém?
Beijo.